.Fala galera! Hoje é o dia do nosso segundo monstro do nosso especial Retro Kaiju Club. Mothra.

Nas duas últimas semanas, falamos sobre o grande King Kong, a Oitava Maravilha do Mundo.

Hoje vamos voar lá para o Japão, para falar de um dos monstros gigantes mais culturalmente carregados de todos. A sensibilidade japonesa está em todas as facetas desta grande criatura.

O monstro da semana é:

Mothra

Mothra, a Deusa Selvagem. Mothra, a Deusa da Paz. Mothra, a Rainha dos Monstros.


Godzilla Final Wars

A Mothra foi desenvolvida inicialmente em uma novela serializada semanalmente chamada “As Fadas Luminosas e Mothra”. Escrita por Shinichiro Nakamura, Takehiko Fukunaga e Yoshie Hotta, quando contratados pela Toho para desenvolver um novo kaiju, seguindo no sucesso dos primeiros filmes do Godzilla.

Os contos, organizados na forma de um livro, serviu como base para o primeiro filme da série, simplesmente “Mothra”, lançado aqui em Terra Brasilis com o título “A Deusa Selvagem”.

Mothra é descrita sempre como uma mariposa gigante, mas na verdade seu design é uma amálgama de diversos insetos diferentes, principalmente a borboleta-pavão asiática.

Em “A Deusa Selvagem”, Mothra, é defensora de uma ilha misteriosa e supostamente desabitada – e irradiada por meio de testes nucleares.

Quando uma expedição decide explorar a ilha, eles acabam encontrando diversas criaturas modificadas pelos testes nucleares, bem como os nativos, que idolatram Mothra (ainda em sua forma ovo), como uma deusa.

Lá, a expedição encontra as “pequenas belezas”, duas humanas, gêmeas, e do tamanho de bonecas, que conseguem se comunicar com Mothra.

As fadas de Mothra se repetem por diversos filmes da criatura, mas com origens diversas, dependendo da era.

Conhecidas como “shobijin” no primeiro filme, “Elias” na série dos anos 90 “Rebirth of Mothra” e de “Cosmos” no filme de 1992, Godzilla Vs. Mothra, as fadas tem a capacidade de se comunicar com Mothra, e de invocá-la em momentos de perigo.

Uma característica que sempre se repete com as “shobijin”, “Elias” e “Cosmos” é a música de invocação de Mothra, escrita pelo grupo The Peanuts, as shobijin originais.

Mothra é o segundo monstro em aparições e bilheteria da Toho, atrás apenas de Godzilla. O filme de 1992 “Godzilla Vs. Mothra” foi o filme de maior bilheteria da Toho desde “Godzilla Vs. King Kong”, de 1962.

Por meio de uma pesquisa de público, a Toho descobriu que a Deusa da Paz era a personagem mais famosa com as mulheres japonesas, que formavam a grande maioria do público cinéfilo do país. Isso, e o sucesso da reaparição dos monstros do passado (com Godzilla Vs. King Ghidorah, de 1990), levaram a Toho a repensar sua estratégia, e ressuscitar a Mothra, que ficou mais de vinte anos sem aparecer em nenhum filme (de 1968 a 1992).

O sucesso de Godzilla Vs. Mothra nos anos 90 levou a Toho a desenvolver uma trilogia própria da personagem, os primeiros filme solo do monstro desde o original de 1961.

Godzilla Contra Mothra foi mais um dos filmes de Kaiju lançados oficialmente aqui no Brasil.

Armor Mothra

A nova trilogia, “Rebirth of Mothra”, trouxe uma nova Mothra, conhecida como Mothra Leo, após a morte e o renascimento da original, seguindo a tradição budista/indiana da Samsara.

Mothra Leo é capaz de evoluir, e além das formas tradicionais de lagarta e pupa (e que aparecem em pelo menos metade dos filmes da mariposa gigante), ela também assume as forma aquática, velocidade da luz (que ela usa para viajar no tempo, sim), armadura, e Mothra Eternal, por fim.

A Rainha dos Monstros tem uma grande variedade de ataques. Laser que saem dos cristais da sua testa. Um grande canhão de energia de sua barriga. Raios e trovões de suas asas. Super velocidade. Lâminas cortantes na forma de Armadura de Mothra Leo. A forma de lagarta atira seda à longa distância, capaz de prender os inimigos, mas também de curar. Ela também é capaz de criar ventos muito fortes ao bater as asas, e também é capaz de assumir o controle de seus inimigos, através de uma mistura do pó que é capaz de liberar, e um disparo de energia específico, vermelho. Eventualmente, ela também ataca com a sua mandíbula e com suas garras, que também são capazes de suportar grandes cargas.

https://www.youtube.com/watch?v=vG06nyMrJ4Y

O Kaiju voador aparece em um total de 14 filmes, entre 1961 (com A Deusa Selvagem) e 2017.

A última aparição física da criatura foi em Godzilla Final Wars, em 2004, mas quem assistiu Kong: Skull Island, ou acompanha as notícias do universo cinemático de monstros que a Legendary está tentando criar, viu a pintura rupestre de Mothra, e sabe que ela já está escalada para aparecer no próximo filme do Rei dos Monstros.


A Mothra não tem nenhum jogo próprio, mas aparece em diversos jogos do Godzilla (em 15 jogos, no total), mas o jogo que eu escolhi hoje tem mais relação com as fadas de Mothra do que com o monstro.

O jogo da semana é:

Robot Alchemic Drive – RAD

R.A.D. é um jogo de PS2, de 2002, desenvolvido pela Sandlot (da série Earth Defense Force). Foi publicado pela Enix, antes da fusão com a Square.

Trata-se de um jogo de ação em terceira pessoa, na qual o jogador controla um jovem (é possível escolher um piá ou uma guria) que, através de um controle remoto, pilota um robô gigante.

É um dos poucos jogos de robô gigante em que a perspectiva do jogador é a de um mero humano, no meio de todo o caos e destruição. Os únicos outros que consigo pensar são Attack of the Friday Monsters para 3DS, Sokou Kihei Votoms (em que só temos robôs gigantes, e eles nem são tão grandes assim), e o próprio Earth Defense Force, também desenvolvido pela Sandlot.

São vários robôs que podem ser selecionados, e cada um deles pode evoluir e equipar várias armas diferentes. Os inimigos são alienígenas conhecidos como Volgara, que querem trazer uma praga letal para toda a vida orgânica para a Terra, protegida pela nossa atmosfera.


É isso aí galera, espero que curtam!!!

E, como sempre, bom jogo a todos!!!

PS: o piá e guria foram de propósito, hehehe.

PS2: a música de Mothra, cantada pelas Elias, em Rebirth of Mothra: