Nota do Editor:

O texto abaixo foi escrito especialmente e exclusivamente para o RPG pelo amigo Freedom. Para situar o leitor que não conhece o autor, basta saber que é um dos fãs mais ávidos da trilogia original e tem conhecimento amplo sobre o riquíssimo universo criado pela Bioware. Acompanhe Freedom e alimente também o seu hype junto às expectativas dele.

O vídeo possui legendas em PT BR. Basta acionar na interface do player do YT.

Imergir refere-se ao ato de mergulhar algo ou alguma coisa em um líquido. Não raramente na atualidade, a palavra “imersão” é comumente achada quando um vídeo game faz bem o seu trabalho de conquistar e prender o jogador em seu mundo fictício. Pode ser engraçado comparar um software com água, mas ainda assim faz sentido quando podemos perceber quando nos perdemos de nosso mundo de ar e terra, e mergulhamos em um lugar desconhecido que simplesmente não existe.

A série Mass Effect sem dúvida é um dos games que mais causou isso em mim. E é engraçado ver que isso acontece pelo caráter multifacetado da obra. O universo criado possuía ares de todas as obras de ficção científica que seus criadores e, com certeza, muitos dos jogadores cresceram consumindo. Assim como inimigos ancestrais, poderes de telepatia e telecinésia de Star Wars, a um espaço dividido por uma organização governamental de aliança interespécies e aqueles que não o reconhecem como em Star Trek, à raças espelhando o conflito de Battle Star Galactica e tantas outras referências. Além disso, o game mostra em suas primeiras horas cenas belissimamente coreografadas, um sistema de diálogo, pra época, inovador que virou padrão na indústria e um volume enorme de conhecimento prévio para ler e ouvir (o códex narrado é uma ideia muito legal que poucos talvez apreciaram). Ao passar do tempo no game, ele iria apresentar o que ele tem de melhor, que são as tramas dentro daquele universo e os personagens que participam dela por uma trilogia. Tudo isso combinado, me fez por diversos momentos estar naquele lugar, participar das aventuras do Comandante Shepard (o meu era masculino), e a cada vez que saía do game, querer retornar àquele mundo fascinante, nem que fosse só ouvir o Garrus falar que teria que fazer mais calibrações.

O universo (de Mass Effect) criado possuía ares de todas as obras de ficção científica que seus criadores e, com certeza, muitos dos jogadores cresceram consumindo

Dito isso, o novo game da série, Mass Effect: Andromeda tem um desafio enorme para conquistar o jogador da mesma forma. Passado 600 anos após os eventos de Mass Effect 2, desta forma não possuindo nenhuma influência do terceiro game e consequentemente do final da trilogia. O novo game tem uma proposta completamente diferente do primeiro jogo, onde o jogador encarnava o papel do Comandante Shepard (homem ou mulher), o pilar da humanidade contra uma conspiração milenar. Em Andromeda você é “Pathfinder”, divido entre Scott e Sarah Ryder, que deve guiar e dar um novo lar a todos os humanos que embarcaram na jornada para a desconhecida galáxia Andromeda. Menos policial espacial, mais Star Trek, com uma pitada de senso de urgência.

Em Andromeda você é “Pathfinder”, divido entre Scott e Sarah Ryder, que deve guiar e dar um novo lar a todos os humanos que embarcaram na jornada para a desconhecida galáxia Andromeda

O jogo promete evocar muito do senso de descobrimento do primeiro Mass Effect, onde há uma nova galáxia para explorar com novos e diferentes planetas, alienígenas, personagens e histórias. Parece ser exatamente o que a série precisa, seja para os fãs órfãos da trilogia redescobrirem o que é Mass Effect ou ao mesmo tempo atrair potencialmente novos fãs que não jogaram os games anteriores. Nisso, o game vai trazer muito da exploração de planetas desconhecidos visto anteriormente, com um novo veículo similar ao Mako de ME1 e ao mesmo tempo promete melhorar ainda mais o combate, que foi sendo polido nas sequências.

Se você era um dos que gostava da exploração de grandes áreas com o Mako em Mass Effect pode ficar tranquilo. A Bioware promete mais disso em Andromeda

No papel, parece tudo ótimo, mas estamos em 2017, um mundo pós Witcher 3 e tantos outros grandes e ótimos RPGs de mundo aberto e a Bioware precisa provar que ainda pode conquistar o jogador com o tipo de game que faz. É um estúdio bem diferente daquele que começou algo especial há quase 10 anos atrás e apesar do sucesso de Dragon Age Inquisition, o nome da produtora está a prova com este novo produto há quase 5 anos em desenvolvimento. Ao contrário dos games anteriores, não muito extensos em duração comparado a outros RPGs, este será enorme, podendo facilmente passar das 100 horas de duração, o que não é necessariamente uma boa coisa.

Poderemos todos conferir o game a partir do dia 21 de Março (amanhã). Até lá e…

I should go.

Saiba Mais

  • Site oficial de Mass Effect: Andromeda (em PT BR): aqui.
  • A inspirada música que tudo tem a ver com a premissa de Andromeda e toca no trailer no topo do texto é de Rag’n’Bone Man e você pode escutá-la aqui.