Fala galera! Muito conteúdo por aqui no Rodando Planeta Gamer nessas últimas semanas! Além da nossa cobertura super-completa e plus-ultra profissional da E3, também temos um novo colaborador (fala aê @LJusfalheim!!!), com duas postagens muito legais logo de cara – review de Darksiders Warmastered Edition, e um retro-review (óia!) de Castlevania III (nunca joguei, acredita? Já joguei o remake do primeiro Castlevania, mas, fora isso, só 16-bits em diante).

Enquanto nos preparamos para a terceira coluna do nosso especial sobre Aliens (confira a primeira parte, e também o ótimo review de Alien Infestation, pelo @Vinicius), vamos falar de uma série que faz parte de um gênero que anda meio esquecido hoje em dia: combate veicular.

O jogo da semana é

Vigilante 8: 2nd offense

O gênero de combate veicular hoje em dia pode ser encontrado em um ou outro jogo mobile (Gears and Guts, Cyberline Racing), ou como mais uma feature em alguns jogos open world, como no ótimo Mad Max e no decepcionante Rage. Temos também um MMO louco aí no mesmo gênero (Crossout).

Agora, acho que podemos concordar que o grande auge do gênero foi na geração 32-bits. Vários dos maiores lançamentos do gênero são dessa geração, sendo que os dois grandes expoentes foram o do palhação Twisted Metal, e o grindhouse/blaxploitation Vigilante 8. Carmageddon e Interstate ’76 também são da mesma época, como Necrodome (algum maluco aí jogou Necrodome? Eu joguei, hehehe).

Vigilante 8: 2nd Offense é um jogo de 1999, desenvolvido pela Luxoflux (fechado pela Activision em 2010), e publicado pela Activision, para Playstation, Nintendo 64 e Dreamcast.

Trata-se de um jogo de combate veicular, com foco no seu modo arcade. Apesar do jogo ter alguma história, a maior parte dela é apresentada através das telas de loading, e dos finais de cada personagem, que se conectam para formar uma história maior.

São doze personagens selecionáveis (alguns deles que precisam ser desbloqueados), entre eles um robô com um carro voador, um policial negro e seu muscle car (e que a arma especial é um revolver gigante preso do lado de fora do carro), um ônibus de prisão, e um viajante do tempo. As batalhas são disputadas em grandes arenas, todas temáticas (deserto, neve, pântano), onde estão dispostos diversos itens para serem coletados, sendo a maioria novas armas para o veículo, mas contando também com upgrades temporários e itens de recuperação.

Cada veículo pode ser equipado com diversas armas (além da metralhadora frontal padrão), uma de cada lado do veículo, e uma atrás. Além disso, cada veículo possui uma arma especial. Uma novidade de Vigilante 8: 2nd Offense são os modos de pilotagem (no melhor estilo Mario Kart 8 ou Sonic All-Star Racing Transformed), que equipam os veículos com habilidades anfíbias, voo, ou esquis para neve, por exemplo.

Cada arma tem modos de tiro diferentes, e, além disso, os carros podem ser melhorados, em um sistema de XP persistente entre todos os modos de jogo – arcade, quest, survival – inclusive com modificações na aparência dos veículo. Os modelos são capazes de sofrer danos “localizados”, sendo que os cenários também podem ser parcialmente destruídos.

Mas o foco do jogo, pelo menos para mim, sempre foi o modo multiplayer. Dois jogadores, bots, caos total, tela dividida, e modo quest co-op, além do tradicional deathmatch.

Uma curiosidade sobre o jogo: após o carregamento do cenário, o disco do jogo (no PSX, pelo menos), pode ser substituído por um CD de música tradicional, sendo que o game então carrega as faixas para o mapa sendo jogado. Além disso, o CD do primeiro jogo pode ser inserido, para utilizar os níveis do primeiro Vigilante 8 no multiplayer.

Cinema grindhouse

A maioria dos jogos no gênero de combate veicular tirou inspiração do cinema grindhouse norte-americano dos anos setenta. Filmes ofensivos, violentos, cheios de sangue e nudez, mas também, críticas sociais e sátira política. Kung-fu, Yakuza, blaxploitation e sexploitation são temas comuns no dito cinema grindhouse. Parta do princípio que todos os trailers daqui em diante são NSFW:

Outra das grandes inspirações do gênero videogamístico é o famosíssimo Death Race: 2000, de Roger Corman.

O termo grindhouse surgiu da política adotada pelos cinemas que exibiam esses tipos de filme: quanto mais cedo você entrasse no cinema, mais barato era a entrada. Os filmes eram exibidos em sequência, sem interrupções, os ingressos eram muito baratos, e os filmes exibidos eram sempre de “baixo” valor artístico.

Hoje, vários filmes são produzidos em homenagem àqueles da década de setenta, sendo que o mais famoso é, provavelmente, Grindhouse, de Robert Rodriguez e Quentin Tarantino, onde cada um dirigiu uma sessão da película.

Planeta Terror por Robert Rodriguez e À Prova de Morte, por Quentin Tarantino, formando o filme Grindhouse, com pouco mais de três horas de duração, no melhor estilo do cinema da época que eles estavam emulando.

Por aqui, os dois segmentos foram lançados separadamente, e ainda com um intervalo de mais de um ano entre cada (pois é). O filme também contou com diversos trailers “falsos” de outros filmes no estilo, como Machete e Hobo with a Shotgun, que acabaram virando filmes de verdade.

Alguns outros exemplares modernos do gênero são Machete (bom):

Fúria sobre Rodas (muito bom, full-crazy Nicholas Cage):

Hobo with a Shotgun (esse só para amantes do gênero – é mais “pesado”, digamos assim):

E Black Dynamite (essencial, muito comédia, filmaço, super zoado):

E recentemente estreou a série Blood Drive. O trailer fala por si mesmo:


É isso aí galera, espero que curtam. Já assisti todos esses filmes aí, e a série ainda está em seu segundo episódio, então se alguém quiser alguma dica, esclarecimento, ou recomendação, só mandar nos comentários que eu respondo!!!

E, como sempre, bom jogo a todos!